JT - O jornal prodígio da imprensa brasileira

O Jornal da Tarde circulou de 1966 a 2012, em São Paulo. Idealizado pelo jornalista Mino Carta, surgiu a partir da decisão da família Mesquita - proprietária do tradicional jornal O Estado de São Paulo - de lançar um publicação diária voltada para o público jovem, que incorporasse as mudanças de comportamento e cultura ocorridas nos primeiros anos da década de 1960 - e tivesse uma linguagem escrita e visual inovadora. Além disso, o jornal propunha uma concepção diferente de jornalismo pois, enquanto o Estadão e a Folha de São Paulo, entre outros concorrentes, eram jornais matutinos de notícias, o Jornal da Tarde foi idealizado como um jornal vespertino de reportagens (sobre temas que já haviam sido noticiados nos outros jornais), com profundidade e extensão.

Marcos Faerman começou a trabalhar no JT em 1968, como redator de Internacional. Foi editor da seção de Esportes, e tornou-se repórter especial, sub-editor de Internacional, co-editor do Caderno de Sábado e, por 15 anos, repórter especial. Escreveu sobre cotidiano, cidades, cultura, história, política nacional e internacional, psicanálise, ciências, questões relativas aos povos indígenas e à universidade.

Permaneceu no JT até 1992, perfazendo 24 anos e mais de 800 trabalhos para o jornal. Publicou textos premiados, entre eles: Nasceu! Exclusivo: acaba de nascer o primeiro brasileiro do parto Leboyer (04/07/1974), menção honrosa em Esportes por Os habitantes das arquibancadas (28/07/1975), Prêmio do Ministério do Trabalho por Vida e morte no porto de Santos (14/03/1978).

Trabalhos acadêmicos sobre Marcos Faerman e o JT:

Jornalismo é Poesia. Uma viagem compreensiva pela obra de Marcos Faerman, dissertação de mestrado de Guilherme Fernandes de Azevedo. (Faculdade Cásper Líbero, 2014)

Narrativa Jornalística (Uma leitura das reportagens de Marcos Faerman para o Jornal da Tarde, dissertação de mestrado de Sandra Regina Moura. (Universidade Federal da Bahia, 1995)

Leia também os textos inéditos:

Marcão, do jornalista Vital Battaglia. (2015)

Marcos Faerman: Jornalismo, Literatura e Verdade, do poeta e ensaista Claudio Willer. (2015)

Um cara de fronteira, do jornalista Renato Pompeu. (2013)

Meu amigo Marcão, repórter, do jornalista Miguel Jorge. (2015)

Um jornalista multifacetado, de João Amâncio Vieira arquivista do grupo O Estado de São Paulo desde 1958. (2013)